quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ENCONTROS DE NATAL

Pelo menos no Natal, mantemos a chama do nosso passado BNU.
O Sr. João Araújo, da antiga administração de bens do BNU e que fez agora 25 anos de reformado, mantém uma tertúlia todas as 5ªs-feiras no restaurante Ti Lurdes, ao Campo Pequeno.
Esta quinta feira, congregou 19 companheiros do nosso Banco.
Falamos de tudo, lembrámos, uns melhor outros menos mal.
A vida é curta e é muito boa.








Também o grupo do Zé Manuel, que ainda está na CGD, foi à Ti Lurdes.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

JÓIAS DE GOA

Vale a pena ler o excelente artigo que o Sr. Dr. Zacarias Dias, coordenador do Gabinete do Património Histórico da Caixa Geral de Depósitos, que está disponível no site da CGD.
Mais uma vez é ressaltada a ação do nosso amigo Sr. Jorge Anastácio e o importante papel que a Banco Nacional Ultramarino desempenhava nas colónias portuguesas da Índia.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

HERDEIROS DOS CHAMIÇOS

O fundador do BNU, Francisco de Oliveira Chamiço, casou com Claudina de Freitas Guimarães. Não tiveram filhos.
Tinha dois irmãos, Eduardo de Oliveira Chamiço, que faleceu sem filhos e Fortunato de Oliveira Chamiço, fundador da casa bancária Fortunato Chamiço Júnior (que se converteu em Banco Totta) e que teve uma filha, que por sua vez não teve filhos.
Da parte dos Chamiços, portanto, não sobreviveu nenhum herdeiro direto.
A D. Claudina de Freitas Guimarães, viúva de Francisco Chamiço, herdou toda a fortuna da família Chamiço e quando faleceu, em 1913, com 92 anos, os seus herdeiros foram os filhos do seu irmão Narciso de Freitas Guimarães.
Este Narciso Guimarães casou com Adéle Josephine Holweck, de quem teve a filha Amélia de Freitas Guimarães.
Amélia de Freitas Guimarães, única sobrinha da D. Claudina e sua herdeira, casou com António José de Carvalho, de quem teve cinco filhos, Maria do Carmo Carvalho, Frederico José de Carvalho, Amélia Claudina de Carvalho, Alice Guimarães de Carvalho e Carlos José de Carvalho.
Destes cinco filhos da D. Amélia de Freitas Guimarães, casaram três que tiveram descendência. Por isso vamos considerar estes três ramos de descendência.
1º - Frederico José de Carvalho casou com Ana de Lima Mayer.
Tiveram quatro filhos. Todos casaram e tiveram descendência:
1º A - João Frederico Mayer de Carvalho casou com Maria Joana de Bourbon Menezes Pitta de Mello Osório.
Tiveram cinco filhos:
- Ana Filipa Filomena Osório Mayer de Carvalho, que casou com João Sacadura Botte.
- Teresa Vera Martinha Osório Mayer de Carvalho
- Joana Maria Inês Osório Mayer de Carvalho
- Vera Inês Maria Mayer de Carvalho
- João Frederico Osório Mayer de Carvalho.
1º B - Vera Mayer de Carvalho casou com Manuel Grousclaude Beja.
Tiveram cinco filhos:
- Verónica Mayer de Carvalho Beja
- Isabel Mayer de Carvalho Beja
- Miguel Mayer de Carvalho Beja
- Bernardo Mayer de Carvalho Beja
- Ana Mayer de Carvalho Beja
1º C - Duarte Mayer de Carvalho casou com Maria Luísa Ottolini da Rocha e Melo.
Tiveram dois filhos:
1º C 1 - António José Rocha e Melo de Carvalho casou com Pilar Luísa Arriaga Pinto Basto, de quem teve três filhos:
- Diana Pinto Basto de Carvalho
- Vera Pinto Basto Carvalho e
- João Frederico Pinto Basto Carvalho
1º C 2  - Vera Maria Rocha e Melo de Carvalho casou com Martin Roderick Stilwell, de quem teve quatro filhos:
1º C 2.1 - Sofia de Carvalho Sillwell casou com José Diogo G. Themudo Gilman, de quem teve três filhos:
- Maria Luísa Stillwell Themudo
- António Stillwell Themudo e
- Maria Teresa Stillwell Themudo
1º C 2.2 - Duarte Carvalho Stillwell
1º C 2.3 - Francisco Carvalho Stillwell casou Maria Inês Crespo Marques, de quem teve três filhos:
- Maria Marques Stillwell
- Duarte Marques Stillwell
- Francisco Marques Stillwell
1º C 2.4 - Martim Carvalho Stillwell
1º D - Miguel Mayer de Carvalho casou com Maria Emília Gonçalves Zarco da Câmara, de quem teve oito filhos:
- Frederico da Câmara de Carvalho
- José Miguel da Câmara de Carvalho
- José Maria  da Câmara de Carvalho
- Maria Ana  da Câmara de Carvalho
- Maria João  da Câmara de Carvalho
- Amélia da Câmara de Carvalho
- Maria  da Câmara de Carvalho
- Maria da Pureza  da Câmara de Carvalho
2º - Amélia Claudina de Carvalho casou com Óscar da Silveira Maia, de quem teve cinco filhos:
2º A - Amélia Carvalho Maia casou com Rui Maurício Corrêa Henriques, de quem teve dois filhos:
2º A 1 - Leonor Corrêa Henriques, que teve quatro filhos:
- Francisco Corrêa Henriques Avillez
- Martim Corrêa Henriques Avillez
- Maria Corrêa Henriques Avillez
- Isabel Correa Henriques Avillez
2º A 2 - António Maurício Corrêa Henriques que teve três filhos:
- Rui Corrêa Henriques
- Carolina Corrêa Henriques
- Francisco Corrêa Henriques
2º B - Maria Tereza Carvalho Maia casou com Filipe de Lima Mayer, de quem teve três filhos:
- João Filipe Maia de Lima Mayer
- Luísa Maria Maia de Lima Mayer
- Mariana Tereza Maia de Lima Mayer
2º C - Maria do Carmo Carvalho Maia casou com Augusto de Lima Mayer, de quem teve oito filhos:
- Thomaz Maia de Lima Mayer casou com Maria José Borges Coutinho de Medeiros, de quem teve a filha Mariana do Carmo Borges Coutinho de Lima Mayer
- Duarte Maia de Lima Mayer
- Nuno Maia de Lima Mayer
- Martim Maia de Lima Mayer
- Madalena Maia de Lima Mayer
- Diogo Maria Maia de Lima Mayer
- Maria do Carmo Maia de Lima Mayer
- Catarina Maia de Lima Mayer
2º D - António Carvalho Maia que casou com Gladys Alda Allen
2º E Maria Isabel Carvalho Maia casou com Bernardo de Lima Mayer, de quem teve quatro filhos:
- Frederico  Maia de Lima Mayer que casou com Maria Lívia Sobral Lobo de Vasconcelos
- Isabel Mónica Maia de Lima Mayer que casou com Adriano José Alves Moreira
- Gonçalo Maia de Lima Mayer
- Marta Maia de Lima Mayer
3º - Carlos José de Carvalho casou com Margareth May Jackson, de quem teve a filha
- Diana Palmela Patrícia Jackson de Carvalho, que casou com António Castello Branco Penalva, de quem teve dois filhos:
- Jorge de Carvalho Penalva
- Carlos José de Carvalho Penalva casado com Maria Luísa de Mello Miranda Mendes.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

FUNDADOR DO BNU

Da esquerda: Claudina Chamiço, Narciso Guimarães
(irmão de Claudina), Ana e Francisco Chamiço.
Em baixo: Amélia, Fortunato e Cândida Chamiço
Hoje, 16 de Maio de 2014, faz 150 anos que o Banco Nacional Ultramarino, oficialmente nasceu.
De facto, José da Silva Mendes Leal, ligado por laços familiares, políticos e maçónicos a Francisco Chamiço, como Ministro da Marinha e Ultramar, expõe pessoalmente o projeto do Banco à Câmara de Deputados do Reino em 7 de Abril de 1864 e logo em 10 de Maio seguinte é aprovado o decreto que autoriza o novo banco. Seis dias depois, 16 de Maio de 1864, o rei, D, Luís, assina a Carta de Lei que ratifica o decreto, nascendo assim, oficialmente, o Banco Nacional Ultramarino.
Francisco de Oliveira Chamiço era filho de Fortunato de Oliveira Chamiço e Cândida Margarida Pacheco Oliveira. Teve dois irmãos, Fortunato Chamiço Júnior e Eduardo de Oliveira Chamiço. O Eduardo morreu novo sem deixar descendência e o Fortunato Chamiço Júnior casou com Ana Margarida de Freitas Guimarães, de quem teve duas filhas, Cândida de Freitas Guimarães Chamiço, que morreu nova e solteira e Amélia de Freitas Guimarães Chamiço que casou com Francisco Biester.
Francisco de Oliveira Chamiço casou com Claudina de Freitas Guimarães. Não tiveram filhos. O Francisco morreu com 68 anos, de cancro.
Vamos referir alguns dados relativos a esta família que está na origem da fundação do BNU, elementos tirados do livro "Claudina de Freitas Guimarães Chamiço" de Ana Gomes, publicado em Novembro de 2010.
Relativamente a descendência da família Chamiço, há que referir resumidamente que, em  1900, vítimas de tuberculose, tinham falecido todos os elementos da família Chamiço, ficando com a sua enorme fortuna a viúva de Francisco, Claudina Chamiço.
Os irmãos Chamiço, naturais do Porto vieram estabelecer-se e morar em Lisboa em meados do século XIX.
Fortunato, dono da Casa Bancária Fortunato Chamiço Júnior (depois transformado em Banco Totta), com sede na Calçada de S. Francisco, nº 3, comprou em 16.1.1878, o palácio Raton, na Rua Formosa, hoje Rua do Século. Após a morte de Fortunato Júnior e mulher passa a residir no Palácio a filha, Amélia Chamiço e o marido Frederico Biester. Após a morte destes, herda todos os seus bens, incluindo o "Raton" a Claudina Chamiço que mantem a casa fechada até à sua morte. Atualmente funciona ali o Tribunal Constitucional.
Claudina Chamiço
Francisco Chamiço arrendou em 1861, à Casa de Bragança, o Paço Ducal, sito na Rua António Maria Cardoso.
Ali se manteve a D. Claudina, como inquilina, até à sua morte em 18 de Julho de 1913. Depois dela, ocuparam o edifício, a embaixada do Brasil e, a partir da década de 1950, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado). Atualmente é um edifício renovado por dentro, mantendo a traça exterior da época do Francisco Chamiço. 
Ao fundo da Rua António Maria Cardoso, tornejando para o Largo do Chiado, antigo Largo das Duas Igrejas, Francisco Chamiço, estabeleceu a primeira sede do Banco Nacional Ultramarino.
Era, e ainda é, um belo edifício, com quintal e entrada pelas traseiras, pelo nº 76 da Rua António Maria Cardoso.
O Francisco Chamiço, presidente do BNU, não necessitava de transporte para se deslocar de casa à sede do banco.
A D. Claudina, que faleceu já com 91 anos, tinha uma fortuna enorme e deixou, no testamento, só em legados, o correspondente atualmente a cerca de 21 milhões de euros, além do Sanatório de Santa Ana, na Parede, que deixou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, juntamente com o correspondente a cerca de 11 milhões de euros em dinheiro, para a manutenção desse Sanatório. É considerada, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma das suas maiores beneficiárias. Na sequência de um dos seus legados, tem uma rua com o seu nome nas Caldas da Rainha. Pela sua extraordinária ação e enorme soma de dinheiro na concretização do sanatório, merecia também uma rua pelo menos na Parede.
Atual Paço Ducal, da António Maria Cardoso
Além dos legados a várias entidades e particulares, sobretudo pobres e organismos de apoio social, deixou a uma sobrinha o restante da fortuna, que incluía o palácio Raton, o Chalet Biester em Sintra, Roça Monte Café em S. Tomé, recheios de casas, joias e valor mobiliários.

Primeira sede do BNU, no Largo do Chiado.
Ao fundo, na Rua da direita, Paço Ducal.

Primeira sede do BNU, vista a tardoz, da Rua António Maria Cardoso.

terça-feira, 13 de maio de 2014

GRUPO DESPORTIVO

Estamos em plena comemoração dos 150 aniversário da fundação do BNU.
Em 10 de Maio de 1864 foi publicado o decreto que autorizou a fundação do Banco e seis dias depois, 16 de Maio de 1864, o rei, D, Luís, assina a Carta de Lei que ratifica o decreto, nascendo assim, oficialmente, o Banco Nacional Ultramarino.
A nossa Associação vai fazer um jantar comemorativo dessa data.
Vamos associar-nos a esta data comemorativa e apresentar uns tesourinhos que o nosso colega Dr. Alexandre Adelino Pereira da Silva nos forneceu para recordarmos colegas e eventos no âmbito do nosso glorioso Grupo Desportivo.

Todos os filmes são da década de 1970. Como éramos jovens e bens dispostos!
Os nossos filhos eram tão pequeninos... Tinham menos trinta e seis anos!
Olha o Lança da Silva. Olha o Sebastião José Terra Fagundes! E o Adriano José Paiva Navalho, com seu casaco "a la mode", e o Miguel, e o Bento e o Zé Vaz de Quadrazais, o Pinto Pedro, elegante, o Sr. Jesuita e tantos e tantos colegas, alguns hoje barrigudos, outros que já nos precederam, na passagem.
Tudo passa. Fica a recordação de belos momentos. Fica o BNU, que não passará enquanto houver quem o recorde.













segunda-feira, 5 de maio de 2014

TENIS 2014


Com o patrocínio da nossa Associação, lá fomos a mais um torneio de ténis do BNU. Páscoa 2014. Alcobaça. Tivemos a grata surpresa da visita do Boavista que veio quase expressamente de Moçambique. de facto só esteve em Portugal 5 dias e num desses dias foi visitar os colegas a Alcobaça.
O convívio não podia ser melhor. Os grupos de ténis fizeram os jogos conforme o tempo e as condições físicas de cada foi permitindo.
 


Aproveitámos para dar uma volta pelas ruas da cidade.
Rua Dez e Seis

Mesmo com correntes, aceita correio..

Cuidado com o cartaz...


Se estiver mesmo interessado e quiser ver,
tem de trazer um escadote

O rei abandonando a "sua" pastelaria
 

terça-feira, 15 de abril de 2014

TÉNIS - RECORDAÇÕES

O grupo de Ténis do BNU, há largos anos que mantém o torneio de Páscoa.
Muitas vezes com chuva, outras com desistências de alguns, com a paixão do Dr. Horácio Rodrigues, Jorge Arrais, Carlos Duarte e outros, tem resistido a todas as contrariedades. Ultrapassou o fim do  BNU e tem resistido a desistências e incapacidades dos competidores. 
Tem tido uma escolha variada de locais que proporciona aos participantes visitas e conhecimentos dos nossos valores. Este ano repete o do ano passado, Alcobaça. O convívio é sempre novo e do melhor.
Aqui ficam umas lembranças de outras páscoas.
 
CASTELO DE VIDE - 1994
 



VILA NOVA DE CERVEIRA
 
  

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

MARIA HELENA QUEIRÓS


Nasceu em Montalegre, Vila Real, em 1924. Com 26 anos começou a trabalhar numa companhia de seguros, e, em 1964, com 40 anos entrou no BNU onde foi diretora nos Serviços Culturais e Técnicos de Documentação e Arquivo.
Reformou-se em 1990, já na Av. 5 de Outubro.
Tem saudades do BNU. Diz-nos que a sua história no BNU é uma história muito bonita e que foi sempre uma privilegiada.
Continua bonita e saudável. Assim vale a pena viver uma longa vida.
Não casou nem tem filhos.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

CABO VERDE

No artigo 5º da Carta de Lei de 16 de maio de 1864 era concedido ao Banco Nacional Ultramarino o exclusivo da fundação e administração de Instituições bancárias nas províncias ultramarinas. O Diploma de então previa a abertura de Agências naquelas províncias em prazo determinado, cujo incumprimento originava sanções para o banco, também descriminadas no mesmo documento.
Francisco de Oliveira Chamiço, que viria, pouco tempo depois, a tornar-se um Governador estimado e admirado a nível nacional e internacional, tinha já nos seus ideais a consistência da economia portuguesa através da evolução das Províncias Ultramarinas e assim, 3 dias depois, enviava ao então Ministro Mendes Leal um ofício com a disponibilização de 70 000$000 Réis para Cabo Verde.
Todavia, a situação fragilizada das Ilhas e a fraca economia vinda da agricultura não se remediavam com a ajuda financeira do BNU a qual acabou por só se concretizar depois de 1870.
No ano de 1865, o Banco Nacional Ultramarino abria ao público, em janeiro, a sua primeira Sede no Loreto, em Lisboa, e um ano mais tarde, a 23 de outubro, a sua Agência da cidade da Praia, na Ilha de Santiago, a mais antiga agência ultramarina aberta pelo Banco, onde circulou também a primeira emissão, impressa em réis, do BNU.
A crise financeira que se fez sentir na Banca no primeiro semestre de 1876 afetaria gravemente os planos do BNU e, em 1879, com problemas de tesouraria, recorre ao crédito do Estado, que teria como destino obrigatório o Ultramar. 
O fundador do BNU viria a falecer em março de 1888, seguindo-se-lhe Manuel Sarmento Ottolini.
Um grupo de representantes, da classe agrícola e mercantil de Cabo Verde (colonos que há muitos anos ali trabalhavam) pedia, entretanto, ajuda a Lisboa e ao Porto, às respetivas Associações Comerciais, para que os privilégios concedidos ao Banco fossem prorrogados até 1900. Era reconhecida uma deficiente rede de comunicações entre Ilhas que dificultava a real avaliação dos problemas sociais e económicos, ainda que na década de 80 o Banco tentasse minorar a atrofia da agricultura e do comércio do Arquipélago.
O governador-geral de então, Brandão de Melo, face à nulidade de condições de progresso em Cabo Verde e também à firme vontade governamental de pôr fim aos privilégios do BNU, validando o caminho da “liberdade bancária”, já requerida por outras províncias, chegaria a propor o fim de qualquer vínculo entre o Estado e o Banco. Isso não aconteceria em virtude da Carta de Lei de 27 de julho de 1893 que conservava, ainda que com alterações, as regalias do Banco até 1900, Mas essa mesma Carta de Lei visava a definição do regime bancário para as províncias ultramarinas, pelo que foi efetuado um inquérito no sentido de se apurar qual o regime bancário mais conveniente. Entre outros, Silva Canedo, face às limitações de Cabo Verde, evidenciou a necessidade da manutenção dos privilégios, pelo menos em parte.
A prorrogação desses privilégios viria a ter mais uma aprovação em Abril de 1901, pela Carta de Lei de então, sendo que esta surgiria como o primeiro diploma que a Legislação Portuguesa conheceu com esta especificidade. Neste novo Regime bancário qualquer banco, em condições de o fazer, poderia concorrer para ser emissor.
A Ottolini sucedeu, em 1893, Eduardo Silva e Cunha, 3º Governador do BNU, em exercício durante os 18 anos seguintes.
No decurso daquela governação, em 1894, abria a Agência em São Vicente, e só muito mais tarde, em junho de 1948, a Agência na Ilha do Sal.
Cabo Verde permaneceu uma colónia portuguesa desde o Séc XV até à sua independência em 1975.
A intervenção da Caixa Geral de Depósitos viria a sentir-se no Arquipélago, a partir de fevereiro de 1998, com a inauguração de uma sucursal que era convertida, em de julho do ano seguinte, no Banco Interatlântico, ficando a CGD com 70% do capital social e os restantes 30% distribuídos por empresários e empresas da ilha.
Em Setembro de 1993 nascia o BCA, Banco Comercial do Atlântico, que abria as suas portas como consequência da separação das áreas comerciais e de supervisão, até então e desde setembro de 1975, do Banco de Cabo Verde que passou a Banco Central.
A Caixa Geral de Depósitos assumiria o seu lugar de parceiro estratégico em fevereiro de 2000, detendo 52,5% com o Banco Interatlântico.
Com o intuito de alargar a sua Rede de Mediatecas do Exterior e expressar de forma inequívoca a sua responsabilidade social, contribuindo para o desenvolvimento integral do povo cabo-verdiano, a CGD abriu a sua 1ª Mediateca na cidade da Praia em 07.06.2004, seguindo-se a do Mindelo em 12.12.2005 e Espargos em 29.09.2011.
A Mediateca da Praia fez recentemente 8 anos de existência, continuando a disponibilizar um vasto conjunto de suportes de informação, indispensáveis ao crescimento do povo da “terra da Morabeza”.

Gabinete do Património Histórico da Caixa Geral de Depósitos
Filomena Rosa
Setembro de 2013