Filho de António Raimundo Gomes da
Silva, nascido em 23.01.1893 e de Branca Florinda Groetz Espinosa, nascida a
18.08.1907.
Casou com Maria Fernanda Parreiral
Pereira, nascida a 12.03.1935, de quem teve três filhos; José Nuno Pereira
Gomes da Silva, Célia Manuela Pereira Gomes da Silva e João Afonso Pereira
Gomes da Silva.
A D. Fernanda era filha do proprietário
da famosa casa comercial da Rua Augusta, Adão Camiseiros.
Nos seus tempos de menino e moço, o Dr.
Espinosa foi jogador de voleibol no Estrela da Amadora.
Licenciado
em direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, foi assistente nessa Faculdade, do Professor Marcelo Caetano, na cadeira de História do Direito Português e
assistente do Professor Raul Ventura na cadeira de Direito Romano.
Doutorou-se e foi durante muitos anos
professor titular da cadeira de História do Direito Português.
Foi chefe de gabinete do Professor
Marcelo Caetano, então ministro da Presidência do governo de Salazar.
Foi nomeado vice-governador do BNU, por
parte do Estado em Agosto de 1973, sendo Marcelo Caetano 1º ministro, sucedendo
ao Dr. António Júlio de Castro Fernandes.
A 27 de Maio de 1974, foi exonerado do
cargo do cargo de vice-governador assim como todos os administradores por parte
do estado, nomeadamente o governador Dr.
João Dias Rosas.
Em 5 de Junho de 1974, foi nomeado governador
do BNU pelo governo do Primeiro Ministro, Adelino da Palma Carlos.
Em 13.09.74, sendo primeiro-ministro Vasco
Gonçalves, pelo dec.-lei 451/74, foi nacionalizado o Banco Nacional Ultramarino,
que já era maioritariamente estatal desde a intervenção de 1931 do Estado no
seu saneamento. Este decreto-lei declarou que a nacionalização tinha
efeitos a partir de 15.09.1974, extinguiu o conselho geral e o cargo de
comissário do governo, instituiu o Conselho
de Administração, formado por um governador com atribuições de
presidência, por um vice-governador e por cindo administradores.
Nos dois primeiros cargos mantiveram-se os Dr.s Espinosa e Oliveira Marques.
No mandato de Governador do Dr. Espinosa, foi
assinado entre o BNU e o Estado novo contrato para emissão de moeda no ultramar português.
Em 31 de Julho de 1975, sendo primeiro-ministro
o Almirante Pinheiro de Azevedo, pouco satisfeito com as intromissões políticas
na administração do BNU, o Dr. Espinosa renunciou ao cargo e saiu do BNU.
Além de professor catedrático da
Faculdade de Direito de Lisboa, titular da cadeira de História do Direito
Português, foi ainda consultor do Banco de Portugal e professor da Universidade
Católica.
assinatura do Prof. Nuno Espinosa |
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