terça-feira, 23 de agosto de 2011

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS EMPREGADOS DO BNU

A nossa Associação foi fundada em Outubro de 1990.
A quota é de 1 euro por mês a descontar no ordenado ou na reforma!
Vale a pena continuarmos ligados e a Associação tem tido um papel relevante nessa ligação.
A sede é em instalações cedidas pela Caixa Geral de Depósitos na Rua Marechal Saldanha, nº 5 - 3º 1220-159 Lisboa
Tel. 213245095




O actual presidente da direção é o sr. Ribeiro Gonçalves. Tem sido incansável e genial na condução da agremiação. Nunca será de mais agradecer o que tem feito, juntamente com os outros órgãos sociais, pela ligação dos antigos empregados do nosso banco.

MOÇAMBIQUE

Ainda as belas recordações do nosso ex-ultramar, que não resisto a pedir para todos partilharem.
António José Cotovio Correia


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

MOÇAMBIQUE

Ilha de Moçambique - foto de Manuel Araújo

Não nasci em Moçambique,mas por lá vivi durante vários anos na qualidade de funcionário do nosso BNU e como devem imaginar jamais podemos esquecer tudo o que lá vivemos,hoje ao ler o artigo de Margarida Rebelo Pinto não resisto a pedir que seja publicado no seu nosso espaço.Um abraço amigo
António José Cotovio Correia

Ilha de Moçambique - foto M. Araújo

MOÇAMBIQUE
TERRA DE BOA GENTE

MARGARIDA REBELO PINTO - "O SOL"

Os paraísos servem-nos para esquecer que o resto do mundo existe ou para nos lembrar que o mundo pode ser um lugar melhor? Depois de uma semana em Moçambique, onde visitei Maputo e as belas ilhas do Bazaruto e de Santa Carolina, regressei de África com a sensação de ter visitado uma outra face da terra.

Por mais filmes que se vejam, mais livros que se leiam, por mais documentários e notícias que nos passem debaixo dos olhos, África só pode ser absorvida, entendida e sentida in loco, com as suas cores e os seus cheiros, a sua beleza e a sua miséria, a sua música e a sua magia, a sua imensidão e as suas gentes. Foi preciso ir a África para finalmente perceber a nostalgia incurável, qual malária do coração, dos que lá nasceram, cresceram ou viveram, e que a descolonização
obrigou a uma partida forçada.
Ilha Moçambique - foto M. Araújo

O que mais me tocou em Moçambique foi o povo moçambicano: educado, afável, tranquilo, feliz. Apesar da miséria, apesar da fome, apesar das doenças, apesar de tudo. África é um continente sem filtro; tudo se vive à flor da pele e em carne viva. E tudo é brutal, seja o belo ou o horrendo. Mas os moçambicanos possuem uma doçura que deve ser só deles e que me conquistou para sempre. Viajei para lá contente e regressei feliz. Fui leve e voltei ainda mais leve.
Beira - foto: Manuel Monteiro

À parte do clássico episódio da intoxicação alimentar, tive uma viagem de sonho, não só pela beleza de tudo o que vi, pela forma como fui tratada. Os empregados do Pestana Lodge no Bazaruto já sabiam o meu nome desde o segundo dia e quando foi preciso tratar da maleita,fizeram-me canja, maçã cozida e não descansaram enquanto não me viram outra vez com cores na cara. Ora este tipo de atenção não está incluído naquilo a que chamamos serviço de luxo.
Beira - Foto: M. Monteiro

Um calor genuíno fez-me pensar como nos relacionamos com os outros, independentemente daquilo que eles nos possam dar em troca. Uma atitude generosa gera quase sempre generosidade do outro lado. A paz puxa a paz, a bonomia puxa a bonomia, a empatia gera empatia.
Ilha de Moçambique - sede do SCP - foto: M. Araújo

Não sei quando voltarei a África nem sequer se o que lá vivi perdurará na minha existência, mas tenho a certeza de que aprendi mais do que penso, de que vi mais do que acredito ter visto e de que guardei mais do que agora me lembro. O que eu sei é que me ficou na pele aquela forma de ser e de estar moçambicana, os sorrisos que dão a volta à cara toda, as músicas entoadas nas carrinhas de caixa aberta que atravessam a cidade ao fim-de-semana com dezenas de homens e mulheres a caminho de um casamento, a alegria natural e espontânea que nunca pode ser fingida nem fabricada. Há muito amor em Moçambique.
Ilha de Moçambique - foto M. Araújo

Muito amor e muito prazer, apesar da fome, apesar da miséria, apesar de tudo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

RIO CEIRA



Quem não se lembra do Restaurante Rio Ceira, na Rua dos Correeiros? O dono, Jorge Gomes, lembra-se dos BNUs, seus principais clientes.
Já lá vão mais de trinta anos!
Saudade!!