segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ASSEMBLEIA GERAL

Está marcada a ASSEMBLEIA GERAL da nossa
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para o próximo dia 2 de Abril

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Atenção que



EU VOU

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CONTENCIOSO NA 5 de OUTUBRO


Olá Geninha,
lembra-se desta cena?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

NUNO BERMUDES e JOSÉ PÁDUA


Na senda da vida do saudoso Nuno Bermudes, fui, com o Fernando Miguel, visitar o pintor José Pádua.
Grande amigo do Bermudes, Pádua foi o seu indefectível colaborador na edição dos seus livros, aparecendo sempre a ilustrar os textos ou as capas. "Capa e ilustrações de JOSÉ PÁDUA".
O Pádua é dos mais importantes pintores moçambicanos a residir em Portugal e continua a sua actividade, apesar de os problemas de saude já condicionarem um pouco o seu horário.
Quando o Nuno Bermudes, regressado de Moçambique, entrou na sede do BNU, na Rua Augusta, os colegas que privávamos com ele, tivemos a sorte de ficar amigos do José Pádua, que frequentemente aparecia no Banco e nos deixava muitos trabalhos feitos por ele.
Já aqui demos notícia de um deles, no NATAL 1977
O José Padua nasceu na cidade da Beira, Moçambique, em 1934 e veio para Lisboa em 1977. Foi eleito "Artista Plástico de 1966" pelo jornal A Tribuna de Moçambique, premiando o seu trabalho como pintor, decorador, ilustrador e gravador.


Entre 1974 e 1978 trabalhou exclusivamente para a galeria de Arte R. Rennie, Harare, Zimbabwe.
De 1979 a 1981 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentando cursos de gravura em metal e de litografia.



Em 1980 e 1981 foi distinguido com os 2º e 1º prémios respectivamente, em exposições sobre temas de Lisboas. Em 2002 foi editado um seu trabalho de temática africana: "O Fascínio de Moçambique", com textos de António Sopa, Fernando Couto, Mia Couto, Malangatana, Álvaro Henriques, José Forjaz, Augusto Cabral e Naguib e reproduções de aguarelas do Pádua.
Com o título "pintar a poesia", diz Mia Couto: A pincelada breve, magra, sugerindo apenas a forma e indicando a cor. Isso eu busco nos quadros de Pádua. Como procuro na poesia que vive apenas de essência, depurada de excesso, sacudida de artifícios."

Apresentamos a capa e algumas das aguarelas do livro.





Tem também trabalhos na área da escultura e azulejaria, bem como murais em cimento em Joanesburgo no Bank of Lisbon & South Africa e em Moçambique nos areoportos de Mavalane e Beira; Banco Pinto & Sotto Mayor, Montepio de Moçambique, Banco de Crédito Comercial e Industrial, piscinas do Complexo Desportivo dos Caminhos de ferro da Beira, Banco de Moçambique e Cinema Novocine.

O Pádua quiz falar-nos da sua relação com o Bermudes.



A propósito, o nosso colega Fernando Miguel guardou um poema que o Bermudes fez por ocasião da instituição de Quadro de Ausentes, pelo Conselho de Gestão do BNU:

Mas que grande confusão
que a todos está a causar
a estranha deliberação
acabada de tomar
p'lo Conselho de gestão,
com o seu Quadro de Ausentes:
- o mesmo que um grito mudo,
sem cristal fabricar lentes,
com o Nada criar Tudo,
fazer um pente sem dentes!

Porque lá não há ninguém,
como o nome especifica
tão concretamente e bem
- pois quem se ausenta não fica
e um vazio nada tem!
Mas, enfim quem sabe lá,
com tanta gente a sonhar
e as voltas que o Mundo dá,
se não se pode criar
um Quadro que há mas não há!

Era assim o Bermudes.
O que muitos de nós não sabíamos era que o jovem Nuno Bermudes, sportinguista, entrou no filme realizado pelo seu Avô, o benfiquista Félix Bermudes, "O Leão da Estrela", ao lado do António Silva.
Podemos ver um extrato desse filme. O Bermudes é o jovem, de boina na cabeça, que está ao lado esquerdo do António Silva e que se farta de levar pisadas deste e também um beijo na cara.