Carlos Jorge da Cruz Duarte, nasceu no
dia 13 de Maio de 1933, na freguesia de Tamengos, concelho de Anadia.
Entrou no Banco Nacional Ultramarino no
dia 23 de Maio de 1955, na agência da Covilhã, onde esteve durante dois anos, decorridos
os quais foi trabalhar para a secção de “Letras a Pagar” na sede da Rua Augusta em Lisboa. Passados três
anos, foi para a Secretaria Geral onde esteve cerca de 4 anos. Depois foi
secretário do governador durante cinco
anos.
Em 1978 foi para a Departamento
Operacional da Região Norte, que depois foi transformado em Departamento
Operacional da Região Centro.Em 1983 foi para Macau onde esteve durante 6 anos, como subdiretor geral, sendo diretor geral o Sr. Dr. Edmundo Rocha.
Voltou para Portugal, para o departamento Operacional da Região Centro, como diretor, sendo diretor coordenador o Sr. Dr. Moreira de Campos.
Em 1993, estando a trabalhar na Av. 5 de Outubro, reformou-se.
Gostou de trabalhar no BNU, que
considera uma verdadeira escola, onde aprendeu muito. Acha que o nosso banco
era excecional no retalho, “tinha muito bons empregados que sabiam tratar os
clientes de uma maneira muito pessoal. Foi pena que o Banco tivesse deixado de
existir”. Considera que o pessoal do BNU transmitiu à CGD conhecimentos que
esta não tinha do comércio bancário do retalho. “O Banco nunca conseguiu recuperar da
perda das colónias, donde vinha um terço dos seus lucros”. Confirmou quando era
secretário do governador que o Banco
conseguiu não só trazer os lucros para Portugal como também as reservas de
ouro, “que depois tivemos de devolver ao Banco de Moçambique. Foi o Agostinho
dos Santos que foi levar as reservas de ouro ao aeroporto.”
O BNU “era um banco rentável, era bem
gerido, tinha bons gerentes e sabia acumular a juventude com os indivíduos mais
velhos que lhes ensinavam a tratar os aspetos comerciais de uma forma muito
profissional”. Considera que o BNU – Macau também beneficiou da experiência dos
empregados do BNU que iam daqui. O Sr. Carlos Duarte tem acompanhado a vida dos antigos colegas, não falta aos encontros e torneios do grupo do ténis do BNU e faz parte dos corpos sociais da Associação dos Antigos Empregados do Banco Nacional Ultramarino.
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