sexta-feira, 15 de novembro de 2024

SR. TAVARES RODRIGUES

No dia do magusto da Associação - 9.11.2024 - estava na mesa da presidência o casal Tavares Rodrigues, Manuel e Manuela. O Manuel fazia 93 anos de idade e 69 de entrada no BNU, na agência de Torres Novas.
Após Torres Novas, veio para a agência de Almada e em 1964 para a Inspeção do Banco e ali se manteve até à reforma em 1996. Foi subdiretor em 1979 e diretor coordenador em 1986. Após a reforma esteve 4 anos como presidente da Caixa Valores.
Muitas coisas teria que contar do seu longo percurso mas isso, talvez ele reserve para si. Apenas disse que teve que enfrentar muitas dificuldades mas considera que o seu dever era resolvê-las e considera que o fez.
Com três filhos, oito netos e três bisnetos, considera que o melhor que ressalta do BNU foi o prazer de ter servido o Banco.
O que é certo é que está impecável. Já agora, telefonei-lhe hoje para confirmar algumas datas. Estava a conduzir o seu carro... Parabéns! 





 

sábado, 9 de novembro de 2024

MAGUSTO da ASSOCIAÇÃO

 

No S. Francisco, castanhas plo cisco.
No S. Martinho, vai à adega e prova o vinho.
No 4 de outubro - S. Francisco - ainda há poucas castanhas e, no S. Martinho -11 de novembro - ainda não há vinho novo. Alterações climáticas. Mas, a acreditar no Mister Troum, isto das alterações climáticas é um negócio como qualquer outro e então adaptou-se a coisa e comem-se as castanhas no S. Martinho, acompanhadas com vinho velho. 
Mesmo com alterações climáticas, neste sábado escolhido pela nossa  Associação para o magusto, o S. Martinho não falhou com um dia de sol digno do seu verão.
A viagem desde Lisboa - dois autocarros - e Porto - um autocarro, a receção na Quinta do Paúl, com toda a sorte de entradas,  o extraordinário bacalhau de almoço com vinhos do Dão, sumos ou água tudo à discrição, o baile com bom acompanhamento musical,  o lanche antes do regresso com caldo verde, acompanhamento de febras e as indispensáveis castanhas foi tudo assegurado pela organização da direção da Associação.
Nunca é demais referir que toda a logística que está subjacente a esta organização se deve à dedicação do casal Olga Duarte / Ribeiro Gonçalves, que há largos anos asseguram todo o andamento da Associação
Se e quando eles falharem (por favor, não desistam!!!) como poderemos encontrar os antigos colegas, saber o que têm feito desde há largo tempo, confirmar os contatos telefónicos, perguntar pelos netos, mostrar fotos, saber de tudo, como fizemos neste dia excecional?

























  
  

   


quarta-feira, 31 de julho de 2024

SEDE - R. AUGUSTA

A D. Olga, da Associação dos Antigos BNUs, teve a atenção, sempre oportuna e bem-vinda, de nos enviar emails a lembrar que foi finalmente aberto o MUDE, na nossa antiga sede da Rua Augusta.

Então lá fomos, eu e o Fernando Miguel, em romagem de saudade, fazer uma inspeção.


Demos a volta aos pisos todos. Olha, aqui, uma vez, eu fiz isto e aquilo. Aqui havia uma casa de banho,  mantiveram o balcão completo no rés-do-chão. Repartição de Câmbios, onde os dois começámos quando entrámos no Banco. 

  Fomos subindo até ao 6º andar. A preocupação atual, bem visível, é de manter as memórias do BNU.
Penso que não é estranho à manutenção dessa memória o facto de nós, antigos funcionários do BNU, nos termos interessados pela história do edifício, visitando o local, falando com a Drª Bárbara, diretora do Museu, predispondo-nos a colaborar para manter essa memória.
Mostra de secretária e cadeiras que funcionaram no BNU


Gabinete do presidente

Não sei se estas recordações do BNU serão mantidas quando o Museu estiver completamente preenchido de design e de moda . É que, por enquanto, não há qualquer sinal de moda e/ou design. 
Todo o trabalho de recuperação feito nestes anos, no edifício está profusamente descrito e documentado com fotos no livro de 448 páginas que é vendido no rés-do-chão. O saco custa 3 euros, o livro 26.

 

As informações -  completas - e toda a recuperação - excelente - levada a cabo no edifício, nada nos diz sobre as pessoas que ali trabalhámos, os problemas, as desilusões, as tragédias, as alegrias, as conquistas, as amizades que naquelas paredes, naqueles balcões, naquelas escadarias se desenvolveram, oculta ou descaradamente.
Nada consta no livro sobre a história do saudoso e meu grande amigo Augusto, porteiro do banco, que tinha nos cofres da cave dólares americanos, francos franceses ou suíços e os vendia, inclusivamente aos elementos da administração do Banco, para as viagens ao estrangeiro.  
Nada consta dos romances que ali desenvolvemos, mas também nada de abusos, de assédios de toda a maneira e feitio que muit@s colegas sofreram.
O livro tem uma ótima referência sobre "a grande pintura sobre tábuas de Jaime Martins Barata, O Desenvolvimento Ultramarino e a Metrópole (1964)" mas não sabe da circunstância em que aquele painel foi ali colocado e que o Fernando Miguel sabia desde os anos em que trabalhou no serviço de câmbios, naquelas secretárias em frente do quadro e esteve a contar: os construtores da remodelação do edifício para as comemorações do centenário (1964) verificaram que, no rés-do-chão, não havia casas de banho para funcionários. Então foi construída uma casa de banho, precisamente no local que teve de ser tapado pelo quadro e com entrada junto aos elevadores da escada central.    


O 6º andar é apresentado como o local onde a administração do Banco tomava as suas refeições. Mas o livro não sabe que no final dos anos 1970, o Departamento de Normas e Instruções, tivemos obras no 4º andar e fomos, comandados pelo saudoso Sr. Olímpio Mòsca Òvelha (OMO), POR 15 DIAS, para o 6º andar e ali estivemos durante dois anos. Era um sítio agradável. Estávamos todos juntos, ao lado uns dos outros e todos ao lado do chefe OMO. De vez em quando, o genial escritor e saudoso amigo Nuno Bermudes lançava para o ambiente uma das suas e toda a gente se ria a bom rir, menos, às vezes, o visado. E ali veio um dia o saudoso, delicado (às senhoras não se bate nem com uma flor) , casanovelesco Oliveira Martins com uma saliente dentadura nova que lhe foi desenrascada pelo irmão dentista, depois de um violento murro de um marido, tropa dos comandos da Amadora, que inesperadamente veio a casa e rompeu pelo quarto onde ele estava no bem bom e, pelos visto, até em posição de ombro-arma! Afinal ele só tinha querido poupar 200$00 que tinha de pagar na pensão da baixa. Mas a senhora que arriscou levá-lo para sua casa para poupar dinheiro, telefonou passados dois dias a pedir desculpa, que já tinha posto o marido de castigo a dormir no sofá.
Seja como for é bom lembrar e reviver a nossa juventude a que as paredes, as escadas, o balcão completo, o chão, os tetos, os quadros nos conduzem, como uma espécie de POMPEIA desenterrada das cinzas que a taparam durante anos.

 


 



 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

ALMOÇOS DE NATAL


O Departamento de Administração de Bens do BNU continua os almoços às 5ªs-feiras no restaurante Ti Alice, na Óscar Monteiro Torres. Ontem, 5ª-feira, 14, foi motivo para festejar a quadra natalícia.
O Sr. Araújo, que foi chefe do Departamento, continua a promover e dinamizar estes encontros. Convidou os dirigentes da nossa Associação de Antigos Empregados do BNU, Sr. Ribeiro Gonçalves e D. Olga.
Foi motivo para nos lembrar que a Associação já se mudou para uma sala na sede da Caixa Geral de Depósitos e que é muito importante que os colegas visitem as instalações da Associação para mostrar o interesse na mesma.
Falámos de tudo e mais alguma coisa; muito do passado, sinal de que vamos passando. Como diria o outro: qual é a pressa? Por mim acho melhor falar do futuro por o passado conduzir sempre aos achaques do presente.



 



 



 








 








 






 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

NOVO HOTEL

Em 1989 foi inaugurada a nova sede do Banco Nacional Ultramarino, na Av. 5 de Outubro, 175 em Lisboa. 
Era o culminar de uma fase de expansão dos bancos, em que alguns pensadores portugueses se queixavam de que se fechavam casa de pasto para abrir agências bancárias. 
A expansão bancária exigia a saída das sedes dos Bancos da Baixa Pombalina, demasiado apertada para o movimento que os Bancos tinham.
A nova sede do BNU foi projetada pelo arq. Taveira, num edifício com o esqueleto construído destinado a hotel.
Pois meus amigos, estamos em época de reversões. E agora, fecham bancos e abrem casas de pasto e hotéis.  
Vejam bem, visitem nos últimos dias, a antiga sede do BNU, a antiga Agência Central da 5 de Outubro, porque vai ser transformada em hotel.
O novo dono que a comprou só está à espera que a agência e alguns serviços da Caixa Geral de Depósitos que ali se encontram, se transfiram para novas instalações, para tomar conta do edifício e fazer as adaptações necessárias para abrir o hotel.
Visitem a Baixa Pombalina, desçam a Rua Augusta e vejam se encontram alguém nalgum banco que por ali esteja a funcionar. E vivam o fervilhar das lojas, de comidas e não só. Facilmente encontrarão novos hotéis, hostéis e outras formas de alojamento turístico. Bancos e agências bancárias? Se houver, é para fechar.
É assim a vida. E as reversões...