Em Março de 1951, o Governador do Banco Nacional Ultramarino, Francisco Vieira Machado, escreveu um ofício confidencial à Inspeção do BNU em Lourenço Marques a ordenar a deslocação a Nampula para arrendar uma casa para instalação dos serviços do Banco e também outra ou a mesma para residência do gerente. Parece que a abertura de agência em Nampula era pedida pelo Governo de Portugal, mas o BNU não acedia com muita convicção, porque em Nampula só havia "funcionários e pequenos comerciantes".
E então, em 8 de Agosto de 1951, lá abriu a agência de Nampula do Banco Nacional Ultramarino
O gerente, Virgolino José Pimenta, abriu a agência com o seguinte pessoal:
Gerente: virgolino José Pimenta
Guarda livros: Aníbal dos Reis Hipólito
C. Secção: António José de Brito
Caixa: Agostinho Alves de Carvalho
2º Escritº: Joaquim Alves Barreto
2º Escritº: Raul Carvalhais Antero da Silva
3º Escritº: Alberto d'Almeida Coelho
3º Escritº Abel Pires da Gama neves
4º Escritº Guilhermino Ribeiro Vilela
Segundo resulta do 1º relatório do gerente, feito em Fevereiro de 1952, o trabalho da agência era de tal ordem que se tornava imperioso aumentar o quadro de pessoal.
Apresentamos fotos da sede da agência do BNU em Nampula.
Em 1964, a agência do BNU de Nampula era uma grande agência bancária com atividades e quadro de pessoal que lhe permitiu fazer grandes comemorações do centenário do BNU, como vemos pelas fotos seguintes.
missa do centenário do BNU em Nampula |
missa do centenário do BNU em Nampula |
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catedral de Nampula |
Ficou famoso o seu bispo, D. Manuel Vieira Pinto, que foi sagrado bispo na Igreja da Trindade no Porto em 9 de Junho de 1967 pelo cardeal Fürstenberg, assistido pelo arcebispo de Cízico e o
administrador apostólico do Porto. Era um homem de convicções fortes e não se coibia de falar apesar da censura. Atualmente é arcebispo emérito (=reformado) de Nampula.
As celebrações do 1º centenário do Banco em Nampula tiveram não só missa como um grande almoço e convívio de todos os empregados do banco e respetivas famílias
Houve atividades desportivas e distribuição de prémios
prémiados |
baile do centenário |
Comemorações do centenário - beberete - entrega de prémios |
Gabinete de inspeção - é um quarto interior |
serviços de expediente |
contabilidade |
Serviços de expediente. "Veja-se a proximidade do balcão em relação aos empregados e a distância das secretárias uns para os outros" |
Quem tirou as fotografias foi o Morais - técnico fotógrafo de Nampula.
Fica aqui o seu carimbo para quem quizer copiar. Tinha uma certa pose.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdBxsCRhWQF-M5Jpx7cNzi_xI4tcYGISoarnZaZn-G041kIlfdMO80xV0mGlwbaYfpEF57ZVdfpkhrYy5aCQOsmtucKq5C8Y7cslyPcTq9dTg4Gm2l0KDppWx3-kDy0qxn9dqujOnvLe4e/s1600/DSC01853-1.jpg)
A propósito deste almoço homenagem escreveu um dos elementos da Casa Dias, no seu blog casadias-nampula:
"A Casa Dias tinha uma óptima relação com os bancos em Nampula, mas com o BNU
havia uma relação muito mais que institucional.
No mundo dos negócios nada acontece por acaso, e esta ligação começou pouco antes do Natal, no princípio dos anos 60.
Depois da loja fechar e depois de terem ido a casa jantar, o meu pai e o meu tio Francisco, voltaram para a loja.
Era época de Natal e estava um camião de brinquedos, à porta, para descarregar, como era habitual nessa altura, os dois descarregaram os camião, colocando as caixas no chão à porta da loja, para depois as carregar para dentro.
Estavam já a levar as caixas para dentro da loja, quando passou à porta da loja um director do BNU que estava de visita a Nampula, foi falar com os dois irmãos e ficou impressionado com o afinco no trabalho que eles mostravam. Pediu-lhes para aparecerem no banco no dia seguinte.
Assim foi, no dia seguinte estavam no banco e foi-lhes oferecido um financiamento.
Segundo conta o meu pai, perguntaram-lhes que montante precisariam, ao que o meu pai respondeu (atirando um número mais ou menos ao calhas, mas elevado): "cem contos". Como resposta recebeu: "Vamos pedir 200 contos!" A autorização para os empréstimos passava pelo cunho da Metrópole, mas o aval era dado pelos directores e gerentes em Moçambique.
Foi pouco depois concedido à Casa Dias um financiamento de 150 contos. Ao que parece bastante dinheiro para a época!
Assim começou a ligação entre dois parceiros e que continuou ao longo dos anos.
A Casa Dias oferecia tradicionalmente um jantar de homenagem ao BNU, por altura no seu aniversário".
No mundo dos negócios nada acontece por acaso, e esta ligação começou pouco antes do Natal, no princípio dos anos 60.
Depois da loja fechar e depois de terem ido a casa jantar, o meu pai e o meu tio Francisco, voltaram para a loja.
Era época de Natal e estava um camião de brinquedos, à porta, para descarregar, como era habitual nessa altura, os dois descarregaram os camião, colocando as caixas no chão à porta da loja, para depois as carregar para dentro.
Estavam já a levar as caixas para dentro da loja, quando passou à porta da loja um director do BNU que estava de visita a Nampula, foi falar com os dois irmãos e ficou impressionado com o afinco no trabalho que eles mostravam. Pediu-lhes para aparecerem no banco no dia seguinte.
Assim foi, no dia seguinte estavam no banco e foi-lhes oferecido um financiamento.
Segundo conta o meu pai, perguntaram-lhes que montante precisariam, ao que o meu pai respondeu (atirando um número mais ou menos ao calhas, mas elevado): "cem contos". Como resposta recebeu: "Vamos pedir 200 contos!" A autorização para os empréstimos passava pelo cunho da Metrópole, mas o aval era dado pelos directores e gerentes em Moçambique.
Foi pouco depois concedido à Casa Dias um financiamento de 150 contos. Ao que parece bastante dinheiro para a época!
Assim começou a ligação entre dois parceiros e que continuou ao longo dos anos.
A Casa Dias oferecia tradicionalmente um jantar de homenagem ao BNU, por altura no seu aniversário".
A Casa Dias era proprietária do "luxuoso restaurante - cocktail - Bar Bagdade"
Então, ali está o gerente da agência, Celso Paiva., no centro do almoço, sempre com a sua presença de homem elegante e de esmerado porte.
Foi no Bagdade a festa de despedida do Sr. Celso Paiva em 1972
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Palavras para quê? um homem feliz rodeado por beldades... |
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Com o administrador Dr. Samuel Sanches |