![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk_A6-Gx6dxMe49xDpHXvamCE13wyqc4ojdPfJg7HpUCv7xVsdD_H5dG3vnAEofdjIGJ4klQOnzk6OhHUuYgXuMHdvaWdx_xE4twcu7OTAQ94rOg3vjzhdih9fgVYDMKUdwTEECXkdAZ0T/s320/D.+Quixote+7.jpg)
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Olá Marçalo, Olá pessoal do Secretariado Operacional.
No Natal de 1977, o Bermudes ofereceu-nos um poema com desenhos do genial Pádua.
Lembram-se?
Aqui vai o poema e o desenho da capa
NATAL COM D. QUIXOTE
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt37D1rgGHlML8T35hh7Hd-eY6MMlFYMYsHX9KB5ow8QZecEzn0rGzWr3xDp-gQYlWsINC85cROIcr70xN71G24a1T3uMsOcxZTM21Lwf8P_Omo7ABhiUsWxSzX5KU63j0Nkax8_7kW742/s320/D+Quixote.jpg)
Um, nascido em Belém,
inocente e nu
como qualquer menino
— Porém,
filho de Deus,
de sua condição
divino.
Nasceu o outro
na Ibéria,
filho da imaginação
de um pecador.
Mas, adversários, ambos
da miséria,
-paladinos da bondade,
em cada um batia
um coração
a transbordar de amor
por toda a Humanidade.
D.Quixote
Todo ossos forrados de latão
acenam-te com gestos obscenos
às janelas nas praças e nas ruas
não dando por que passa um seu irmão
Grandes se julgam sendo tão pequenos
mas tu imperturbável continuas...
SANCHO PANÇA
Troçam de ti e é isso que me dói:
o seres a sombra apenas do gigante
o olho vigilante do seu sono
— Tu Sancho Pança o verdadeira herói
o verdadeiro cavaleiro andante
num burro escarranchado atrás do dono!
DULCINEIA
No palheiro a fornica o servo rude
de tratadores de bestas é amante
o vagabundo os seios lhe belisca
Todos porem lhe exaltam a virtude
Pois quem ao pé do cavaleiro andante
de sua honra a duvidar se arrisca?
ROCINANTE
Caricato arremedo de cavalo
os cascos a garupa o rabo a crina
o incerto passo o pífio relinchar...
Que importa a D.Quixote se ao montá-lo
o rei dos cavaleiros se imagina
sonhando um puro sangue cavalgar?
D. QUIXOTE
A
SANCHO PANÇA
«Nem tudo o que é verdade é verdadeiro
não nos iludem sempre as ilusões
que os criadores de sagas somos nós
— Pois que vês e ouves meu fiel escudeiro:
pandas velas ou asas de dragões
silvar de cobras ou rodar de mós?»
DE LANÇA EM RISTE
E CORAÇÃO ACESO
A Dulcineia o povoléu rebaixa
o nome lhe profere com desprezo
lhe chama barregã mulher perdida
— E ei-lo que investe de viseira baixa
a lança em riste o coração aceso
disposto a dar por nada a própria vida!
EPITÁFIO PARA
D. QUIXOTE
Companheiro dos que sofriam Sós
Famintos de Justiça Amor e Pão
Louco sem cura Sonhador romântico
Por isso és vivo em cada um de nós
Por isso ainda a tua voz irmão
ressoa dos Pirineus ao Atlântico!
Uma dupla excepcional! E amigos eternos.
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