Era filho de Maria Francisca de
Vasconcelos Carreira e do grande covilhanense António dos Santos Viegas, catedrático da faculdade de filosofia de Coimbra, reitor da Universidade de
Coimbra, par do reino, deputado às cortes pela Covilhã, ministro das finanças
de Sidónio Pais e representante de Portugal no Tratado de Versalhes.
O nosso António dos Santos Viegas
licenciou-se em filosofia e matemática pela Universidade de Coimbra e em engenharia
civil pela escola do exército.
Começou a carreira profissional como
docente no Instituto Comercial de Lisboa e no instituto Superior Técnico de
Lisboa.
Em 1888 alista-se no exército, sendo
promovido a Alferes em 1894, tenente em 1896, capitão em 1904, major graduado
em 1915, tenente coronel graduado em 1918, coronel graduado em 1920, passando à
situação de reserva por limite de idade em 1929 e à reforma em 1940.
Em 1895-1896 participa na expedição
militar a Moçambique, participando na operação que levou ao aprisionamento de
Gungunhana.
De 1900 a 1904 exerce as funções de
Secretário da Comissão Militar dos Caminhos de ferro e em 1907 entra nos
quadros do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, com as funções
de inspetor superior das obras públicas e vogal do Conselho Superior de Obras
Públicas.
Em 1914 é nomeado chefe da III brigada
dos Caminhos de Ferro e chefe da Divisão de Exploração da Companhia dos
Caminhos de Ferro Portugueses, onde depois foi subdiretor até 1919.
Na sequência da crise de 1930, em fins
de Janeiro de 1931, o governador do BNU, João Ulrich e os restantes
administradores colocam o lugar à disposição do Ministério das Finanças, o que
leva à sua intervenção imediata no Banco, nomeando em 11 de Fevereiro de 1931
um Conselho Administrativo, presidido pelo Comissário do Governo, António dos
Santos Viegas e tendo como membros, Quirino Avelino de Jesus, Jaime da Fonseca
Monteiro, Júlio Schmit, Artur Meneses de Correia e Sá, Francisco José Correia
Machado, João Batista de Araujo, Carlos Soares Branco e José Gabriel Pinto
Coelho.
António dos Santos Viegas manteve-se
como presidente do Conselho Administrativo até à sua morte.
Assinatura de António dos Santos Viegas enquanto presidente do C. A. do BNU |
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